Mouna e Yoga

Um fenômeno mundial ligado à "Nova Ordem Secular" e à globalização reduziu inteiras religiões a mero cerimonialismo, enquanto, por outro lado, charlatões, usurpando ícones religiosos, arrebanharam as massas mais ignorantes, conseguindo com isso riquezas materiais e poder político.

Cada vez mais o mundo obstácula a experiência de uma vida espiritualizada: o Yoga e a Mouna surgem como verdadeiros auxiliares para a emancipação espiritual do aspirante. A pessoa, de qualquer religião, que aspira verdadeiramente a uma espiritualização de sua vida, deve deixar qualquer preconceito de lado e tomar o Yoga como um auxílio para o crescimento espiritual.

O Yoga, palavra do Sanskrito, podendo significar "conexão", e, de fato, o Yoga é a conexão entre a ciência e a espiritualidade: mesmo o ateu, com uma prática correta de Kundalini Yoga, poderá sentir a transcendência energética que paira eternamente amalgamada com o Cosmo. O católico, rezando o seu terço, ao mesmo tempo praticando pranayama, poderá sentir facilmente aquilo que os demais católicos láicos não sentem há décadas: a força de Deus, a presença do Espírito Santo e o amor de Jesus em seu sacrifício em favor de todos.

Em verdade, é inútil falar, apenas aqueles, de qualquer religião, que desejavam se aproximar do divino, e iniciaram-se no Yoga, sabem o valor da prática: não temer a morte, e sentir a morte como uma graça divina, é apenas um dos aspectos religioso-espiritual que o Yoga aperfeiçoa.

A Mouna, por sua vez, sendo também um conceito do Yoga, possui uma tradução mais clara: Mouna é a palavra Sanskrita que significa silêncio. Mouna é o silêncio religioso, fundamental para a prática religiosa daqueles que caminham em direção à emancipação e à iluminação espiritual. A palavra de Deus, em verdade, se encontra no silêncio, na Mouna.